segunda-feira, 16 de março de 2009

O ESTADO COMO FOMENTADOR DO DESENVOLVIMENTO

Leocádio. assim é chamado o algoz da economia de Roraima. Sujeito intimidador, perseguidor dos empresários locais (não sou eu quem está dizendo, eu estou apenas repetindo o que eu ouvi)é tido como intocável na região. Roraima agora é área de livre comércio e o Sr. Leocádio se acha a maior autoridade no assunto. Só que quando vê que está tendo seu conhecimento posto em Cheque parte para a ignorancia no diálogo e faz valer seu ponto de vista. O Sr. Leocádio utiliza da pressão psicológica e do cargo que ocupa para intimidar, acuar e constranger empresário em Boa Vista. Dizem que ele pega sua Pick Up e vai nas lojas dos empresários e aponta o dedo "na cara deles" e diz: Você é safado, sem vergonha, eu tô de olho em você viu? Nenhum de vocês prestam e coisas do gênero. Existem empresários que quebraram TOTALMENTE por quê resolveram "Peitar" O tal do Leocádio. Esqueceram de dizer para o Sr. Leocádio que: quem gera emprego e renda é o empresariado que investe em uma determinada economia. Ao tarifar o imposto de entrada no estado em 25% a secretaria da fazenda de Roraima, incorre num grave erro de estragngulamento da economia interna. Boa vista não tem industria, a economia é incipiente e vive do funcionalismo público. O que o Estado precisa fazer é criar mecanismos de desenvolvimento para empresas que pretendem fazer negócios com o Caribe. O comércio é a terceira ponta da economia que se sustenta pela retenção do dinheiro gerado pelos outros dois segmentos da economia que são a industria de bens de capital e a industrria de bens de consumo. Roraima precisa entender a lógica do desenvolvimento economico competitivo. Pois competitividade tributária não é vantagem competitiva que se sustente no longo prazo. Roraima tem que abrir suas portas ao desenvolvimento e ao crescimento economico. Chega de coronelismos absolutistas. O modelo Chavesiano não dá certo no Brasil. Enquanto Leocádio persegue só o Amazonas Cresce!

A Violência é tão Fascinante!!!

Já dizia Renato Russo que " a violencia é tão fascinante e nossas vidas são tão normais" na musica Baader Meinhof Blues. Interessante é o que há de atual na letra dessa música escrita há mais de 12 anos. É exatamente o fato de nossas vidas continuarem extremamente normais enquanto nós nos fascinamos pela violencia do dia a dia. Vamos analisar o caso do Alfredo. Alfredo é um motorista de taxi que eu peguei no aeroporto. Sujeito bem falante começou a me perguntar sobre a viagem que eu acabara de fazer. Com o clima coberto de nuvens começou a me questionar se o avião pegou muita turbulência e etc.. Eu, ainda sob a "ressaca" do processo de descompressão da aeronave e de todo o embrólio que é levantar, aguardar as pessoas se empurrarem para pegar bagagem, caminhar até a esteira. Enfim... Não tava afim de papo. Mas disse ao Alfredo que a viajem fora tranquila. Para que eu fiz isso! Ele começou a dizer que ainda bem, pois o fulano jogou o avião no shopping matando a filha, por quê não sei onde caiu um avião. Ele começou a narrar diversos casos de queda de avião e morte. Foi quando eu disse vamos mudar de assunto? Me arrependí de novo! Ele, já na altura da Pedro Alvares Cabral, disse - Doutor o senhor me desculpa mas eu não vou por aqui não. E eu disse que tudo bem. Daí ele começou a contar que Belém é uma cidade violenta. Que diversos amigos dele foram assaltados, pegaram tiros, um deles está paralítico por causa de um tiro que pegou na coluna. Disse que a polícia não faz nada e que os bandidos estão a solta.O que é verdade. Foi quando eu me lembrei da musica e perguntei a ele: Ok! e você, diante desse cenário. O que tem feito? Voce mudou sua rotina de vida, deixou de fazer as coisas que voce fazia para evitar a violencia ou voce continuou sua vida normalmente como se as coisas que estavam acontecendo alí perto de você não fossem com voce? Ele ficou meio aturdido com o questionamento e disse: -Doutor minha vida não mudou em nada não. Ela continua a mesma. Só que eu não faço alguns caminhos da cidade por causa dos roubos. Daí eu me lembrei da crítica a ética social em Michel Foucault. De como as pessoas ignoram e banalizam o mal alheio como um instrumento de normalidade na rotina social. Pior que isso! Algumas pessoas preconizam isso como fatos corriqueiros e inevitáveis. Elas não conseguem mais se ver como elementos responsáveis pela integridade do bem estar social de TODOS. E, portanto, se omitem e passam apenas a admirar (e comentar, e debater, e criticar) a violência nossa de cada dia, sem nada fazer. Sem a ação necessária para reverter ou para pelo menos agir sobre o fato, as pessoas admiram o erro mas não tendem a querer consertá-los. Outra situação interessante foi quando, no domingo, eu parei no sinal e havia um casal em uma moto. Ela atrás conversando com ele na frente (ela na garupa da moto) sobre as formas como os assaltantes abordavam (os dois sem capacetes) as vítimas no sinal. É imprescionante como esses assuntos tornaram-se rotineiros. As pessoas, a grande maioria, continuam as suas rotinas de vida normalmente como se nada estivesse acontecendo. Elas seguem pelas ruas mudas, pertidas em suas rotinas. Mas param para ver a página polícial do jornal que mostra os corpos mortos em páginas de destaque. Pois para elas a morte e a violencia é algo FASCINANTE!